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Trabalhadores, sindicatos e vereadores se unem em ato contra a privatização do DAE

Manifestação organizada pelo SINSERM nesta segunda (28) denuncia projeto de entrega da água à iniciativa privada e nomeação de presidente alinhado à concessão

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (SINSERM) realizou na manhã desta segunda-feira (28), em frente à sede do Departamento de Água e Esgoto (DAE), um ato público contra a nomeação de João Carlos Viegas da Silva como presidente da autarquia e o processo de privatização do serviço de água e esgoto no município.

O protesto contou com a presença de vereadores como Estela Almagro (PT), Júnior Lokadora (Podemos) e Márcio Teixeira (PL), além de representantes de sindicatos, coletivos políticos e servidores do próprio DAE, que demonstraram indignação diante do que chamam de projeto de desmonte do patrimônio público bauruense.

Estamos diante de um plano político e deliberado de precarização dos serviços públicos para justificar sua entrega à iniciativa privada. E reafirmamos que a luta não é apenas contra a figura nomeada para a presidência, mas contra toda uma política que, há anos, ataca a estrutura do DAE para depois alegar sua ineficiência.

O SINSERM lembrou que foi contrário à concessão do tratamento de esgoto e permanece radicalmente contrário a qualquer tentativa de terceirização ou privatização da água, bem como da autarquia como um todo. Para o sindicato, entregar o DAE significa permitir que o acesso à água, um direito humano essencial, seja mediado por interesses de lucro.

Hoje, o DAE emprega aproximadamente 800 servidores públicos, cuja estabilidade e funções estão ameaçadas caso o plano de concessão avance. Estamos falando de demissões em massa, aumento das tarifas, perda de controle social e redução da transparência na gestão da água.

E mais: a possível concessão agravaria ainda mais a situação da Fundação de Previdência dos Servidores Públicos Municipais Efetivos de Bauru (FUNPREV). Isso porque a diminuição no número de servidores públicos no DAE, com sua substituição por contratos privados, provocaria uma queda drástica nas contribuições previdenciárias, comprometendo o futuro das aposentadorias e pensões dos servidores.

A luta contra a privatização da água em Bauru não começou agora. E está longe de terminar. O sindicato garante que continuará ao lado dos servidores e da população, denunciando os ataques e organizando a resistência contra todas as tentativas de mercantilizar o que é de todos: a água.

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