A Câmara Municipal de Bauru viveu um dos dias mais emblemáticos de sua história nesta segunda-feira (13). A sessão foi marcada por discussões acaloradas, inúmeras suspensões e acusações de ilegalidades, além da presença massiva dos servidores públicos. A tensão chegou a níveis extremos quando, por exemplo, o presidente da Casa, Junior Rodrigues (PSD), e o vereador Eduardo Borgo (Novo) deram voz de prisão um para o outro e Chiara Ranieri (União Brasil) quebrou um copo de vidro em meio aos trabalhos. Após manobras dos parlamentares de situação, o Projeto de Lei (PL) da concessão do esgoto foi aprovado e a sessão será decidida na Justiça.
Um dia tumultuado e vexatório, que manchou para sempre a biografia dos golpistas aliados ao governo. Para atender aos interesses da prefeita Suéllen Rosim, os vereadores Edson Miguel (Republicanos), Beto Móveis (Republicanos), Fabiano Mariano (SD), Miltinho Sardin (PSD), Júlio César (PP), Marcelo Afonso (PSD), Renato Purini (MDB) e Markinho Souza (MDB) rasgaram o regimento e sangraram o que restava da democracia institucional do município. Subservientes e covardes, foram protegidos pela força policial que deslocou grande parte de seu efetivo para coagir trabalhadores em favor de meia dúzia de engravatados.
Os servidores, no entanto, não esmoreceram. Lutaram bravamente do começo ao fim. Quando a sessão foi finalizada, já na madrugada desta terça-feira (14), nossos guerreiros estavam lá fazendo história. Resistiram como nunca e demonstraram a força da categoria. A burocracia pode ter vencido essa batalha, mas a guerra não terminou. Unidas, nossas vozes são ensurdecedoras e a destruição do patrimônio público jamais poderá ser atribuída a nós... Ocupamos o papel reservado a nós pela história: de resiliência e luta.
Enquanto isso, Suéllen Rosim e seus lacaios serão conhecidos por vender a alma para a iniciativa privada, restando à população pagar essa conta. Em pleno ano eleitoral, é fundamental que estes nomes sejam lembrados para jamais retornarem aos cargos públicos. Todo poder emana do povo... Nos vemos nas urnas.